Zurich Maratón de Sevilla


Realizou-se no domingo, a 34ª Maratona de Sevilha. Foi a terceira vez que fiz esta distância nesta linda cidade e a nona do meu longo percurso no atletismo. Não gosto muito de correr esta distância, prefiro metade, a meia maratona é onde me sinto mais confortável. Mas, o passeio, a companhia, o gosto pela corrida... são desafios mais que suficientes para embarcar na aventura! Sim... correr a maratona é mesmo uma grande aventura, bem ou menos bem preparados nunca sabemos como vamos terminar.
Esta aventura começa alguns meses antes de estarmos na linha de partida e a minha não começou com muita convicção. Vindo de uma cirurgia e respetiva recuperação, devido a uma queda na maratona do Porto, não me apetecia fazer treinos longos e muito menos voltar a correr a maratona! Mas o João Carlos foi dando um empurrãozinho e lá fui fazendo alguns. Nesta preparação atribulada ainda fiz trail, corta-mato... o que foi aparecendo!
No sábado, a comitiva ACP, rumou à Andaluzia, uma viagem partilhada e agradável. Após levantar o dorsal, comer a pasta, visitar a feira, rever colegas de corridas fizemos o treinito de véspera. O jantar tinha que ser massas, e foi muito bom, com muitas gargalhadas à mistura!
No domingo às 5 h, "toca" a tomar o pequeno-almoço que às 7h30 era hora de começar a correr. Fomos todos para a partida, os 8 atletas e as 5 acompanhantes que nos apoiaram do principio ao fim, foram incansáveis, obrigada!
Chegada a hora lá fui no meio daquela multidão desenfreada e a pensar: será que consigo terminar? O João Carlos "perdi-o" na partida e nunca nos encontrámos! Então, optei por fracionar a distância, pensava só nos 5 km seguintes, a pouco e pouco ia amealhando quilómetros. Quando passei pela marca da meia maratona, com 1h40, sentia-me bem e comecei a acreditar que talvez conseguisse baixar das 3h30. Normalmente, vontade e determinação não me faltam, as pernas é que já não vão respondendo, mas desta vez até não se portaram muito mal. Até aos 35 km consegui manter o ritmo, a partir daí foi mais difícil e os 2 km finais é que  foram mais penosos, mas sem grande sofrimento. Ao entrar no estádio olímpico com tanta gente, esquecemos tudo, é espetacular.
Correr em Sevilha é mesmo espetacular, as pessoas invadem todo o percurso e não se calam, a aplaudir-nos do princípio ao fim. Este ano ainda tivemos o acompanhamento extraordinário da Júlia, da Marília, da Inês, da Ana e da Almerinda, superando a algazarra das espanholas. A Ana Ventura e a Almerinda foram incansáveis, fizeram muitos quilómetros para nos apoiarem em vários sítios. Com uma claque destas só temos mesmo é que correr!
Terminei ao fim de 3h26'45'', fui 6ª do escalão, 105 feminina e 2691 da geral.
Correram 7 lobos e 2 lobas: o Francisco Costa, o João Carlos, o José Moisés, o José Velez, o Manuel Ceia, o Nuno Rodrigues, o Pedro Tavares, a Lena Ceia e eu. Todos terminamos e bem.

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